A Saga da Vala (Parte Dois)

Primeira página do abaixo-assinado

Anteriormente em "A Saga da Vala":
Torta Ninja deparou-se com a vala seca e foi à Junta de Freguesia, com a vizinhança, apresentar queixa e pedir ajuda para reabrir a vala. Após uma longa discussão e um pedido de suborno aldeão do Presidente da Junta, Torta decidiu tratar do assunto à sua maneira.

Jà que o Presidente da Junta só pensava em caldeiradas para encher o bandulho, Torta achou que devia ser organizado um abaixo-assinado para manter a vala. Esquim Jó, o homem mais respeitado da aldeia (depois de Torta), ofereceu-se para recolher assinaturas.
A caça às assinaturas começou no dia seguinte. Não foi difícil convencer o povo a assinar, visto que a vala era considerada património da aldeia. Aliás, era esta vala que dava vida ao moinho do Ti Manel da Laranjeira e as pessoas adoram manter as tradições.
Em cada casa que parava, Esquim Jó pedia para visitar a adega e aproveitava para provar a pinga caseira de toda a gente. Depois de muitas horas a recolher assinaturas e a provar vinho, Esquim Jó ia a passar perto da Vala da Veia, viu o sujeito que mandou fechar a vala e aproximou-se. Apesar de estar bêbedo que nem um cacho, ainda lhe conseguiu dizer:
- Eh sacana, tu não vales nada, seu bandalho... a vala jà corria nos tempos dos nossos avós e nem isso respeitas... safado...
De repente, escorregou e caiu na vala e o abaixo-assinado ficou todo encharcado. O fulano riu-se e foi-se embora de nariz empinado.
Quando Torta soube do acontecimento, deu um valente murro ao Esquim Jó e decidiu pôr as mãos à obra e recolher novas assinaturas sem a ajuda do seu amigo bêbedo.

CONTINUA (to be continued)