quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Poeta do povo Sr. António continua o seu espólio...

com esta magnífica 2ª versão de "Incas":


Ó Incas, Ó Incas
Lá do sul da Asia
vai à merda
que eu já sabia...

Sr. António

terça-feira, 30 de outubro de 2007

POETA DO POVO

Grande poeta é o povo
Já assim dizia Acácio
Na sua poesia bruta
A vida é filha da puta
A puta é filha da vida

SR. António

domingo, 28 de outubro de 2007

Análise literária de ODE AO PORCO

Ode ao porco é uma das composições mais belas e singelas de Tia Anita. A simplicidade com que discorre versos frugais pela folha de papel faz lembrar esse grande poeta do povo, de seu nome Carlos Carrapiço, criado por Herman José, que um dia distorceu de forma genial versos de Florbela Espanca:
"Bate, bate levemente
Como quem chama por mim
Será chuva, será gente?
Gente não é certamente
E a chuva não bate assim
Fui ver:
Era o Octávio"
Enfim, desculpem-me este aparte, mas de facto, existe um certo paralelismo semântico entre a composição de Anita e a de Carrapiço. Versos como “Ó Lua que vais tão alta” chamam a si o apelo que já existia em “Bate, bate levemente”: O apelo do fenómeno natural rústico, da Lua que bate à porta trazendo consigo o mistério das noites frias da atmosfera campesina.
No segundo verso, destaque para a nítida contradição traduzida pelo oxímoro visível em “redonda como um caixote”. Tia Anita revela a aqui todo o campo semântico inerente à Lua, elemento mítico de sugestão de estados de espírito contraditórios. “redonda” e “caixote” são bem palavras que sugerem volume originário de pesadelos nocturnos óbvios. O poeta sofre de lunofobia ou então apaixona-se pela própria Lua, numa dança contraditória que pode ir até ao absurdo do amanhecer, da queda no real e nas tarefas do quotidiano campesino. Entra aqui a imagem inesperada e verdadeiramente genial dos porcos, animal mundano como o ser humano, passível de pesadelos e torturas, tragédias românticas que conduzem à morte:
“matas-me os porcos todos” .
Ainda antes, no penúltimo verso desta magnífica composição, o prolongamento do oxímoro, qual contra-senso mágico só possível no mundo dos sonhos surreais:
“Rebolas daí de cima”
O caixote a rebolar não é mais do que o espelho do estado de espírito do poeta, atormentado por densos sonhos de amores perdidos, metaforizados em luas que são caixotes a rebolar pela atmosfera.
O surrealismo é evidentemente uma cambiante da escrita de Anita, bem como um romantismo exacerbado e um sensacionismo aliado ao amor forçado pela terra, ao peso gravítico da condição humana, incapaz de se elevar acima de um caixote para poder tocar a Lua terna.
Destaque finalmente para aspectos formais muito ténues, mas relevantes: a ausência de rima na passagem para o último verso ilustra bem o estado de espírito massacrado do poeta. Ele sofre pelos seus amores, perdidos em pesadelos rústicos e lunáticos. Por último, a retórica de natureza simples traduz a índole campestre que se pretende transmitir.

Bom, ou é isto que Ti Anita pretende transmitir, ou então trata-se de uma anedota e eu estou para aqui a fazer figura de urso.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Ode ao Porco

Ó lua que vais tão alta,
Redonda como um caixote;
Rebolas daí de cima;
Matas-me os porcos todos
Ass: Tia Anita

terça-feira, 23 de outubro de 2007

NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA...

TORTA NINJA COMPROU UMA NOVA PERUCA!!! Qual será a tonalidade?? Terá madeixas louras??? Será de cabelo ondulado, liso, ou tipo Napoleão?? Terá problemas de seborreia?
Esteja atento, as respostas vão surgir no dia da Verdade...
Torta Nija não dorme, e quando dorme, tira a peruca...

Uma nova poesia naïve

"Amigos
Amigas
são todos iguais
mas tu és o amigo
de quem eu gosto mais"

Ass: (Não me lembro)

domingo, 21 de outubro de 2007

Antes vítima que ranhoso

Vítimas são em geral pessoas que sofrem um acidente (e morrem), que sofrem de maus tratos físicos ou psicológicos de outrém (mesmo que não morram), que são roubadas e, principalmente que tiram cursos de letras (aqui não morrem, mas ficam mortos para o mercado de trabalho). Eu sou, pois, uma vítima. E não tenho qualquer complexo de inferioridade ou preconceito por isso, principalmente porque acho que não é um defeito ou um crime, muito menos uma inferioridade intelectual. Chamar-lhe-ia antes um produto do azar. Porque foi mesmo um azar ter nascido no mesmo país que J. Castelo Branco ou Luís Filipe Vieira.
A vitimização é vista, no rol das relações humanas, como uma inferioridade. Muitas vezes dei por mim a pensar, naqueles momentos em que páro para pensar em coisas absolutamente estúpidas e inúteis (ou não estivesse eu neste blog), em como já assisti a discussões onde as pessoas ficam absolutamente possessas quando lhes chamam vítimas ou lhes dizem que estão a fazer papel de vítimas. É um facto, e, para mim, um enigma. Tal estigmatização do conceito parece-me mais uma perfeita estupidez. Porquê? – perguntarão... Porque é bem pior ser chamado de filho da puta (se bem que este seja mais um insulto paradoxal), ignorante, estúpido ou ranhoso (este sim, um insulto que me deixaria em pânico). Os portugueses preferem ser ranhosos do que vítimas. Vítimas nunca!!! Ranhosos... vá lá...
Eu acho que prefiro ser vítima.

Out. 2007

sábado, 20 de outubro de 2007

Cabras

- A cabra, dissera Esquim Tó, é um animal muito sensível.
- Então porquê, ó sábio Esquim Tó?, perguntara o rapaz de uma forma interessada.
- Porque a cabra, meu rapaz, não pode ser solta em qualquer sítio.
- Não???
- O sítio ideal é atrás de um pinheiro.
- E como é que eu sei qual é a parte de trás, Esquim Tó?
- A parte de trás, é aquela oposta ao sol. A cabra tem de ser largada à sombra, pois, tal como te disse, meu rapaz, a cabra é um animal muito sensível. Ou senão, fazes como o meu cunhado, mal chegou là fora, largou-a logo, para não sujar o chão. Percebes, meu rapaz?
- Percebi sim, Esquim Tó.


MANECO E SHERLOQUE, UMA HISTÓRIA DE VINGANÇA capítulo III

O Sherloque tinha uma grande amizade com o milhafre Malhado, uma ave de rapina muito sagaz e justiceira. Foi falar com ele e pedir-lhe ajuda na vingança contra o gato Maneco, assassino de seu mano querido. Então, uma bela tarde, quando o gato Maneco estava num ramo de árvore a tentar pôr em prática mais um dos seus planos maléficos, o milhafre Malhado resolveu pregar-lhe um susto daqueles mais valentes. Apareceu a voar com grande velocidade – ele já tinha sido contratado para competir contra aviões da categoria de um Concorde – e apanhou-o de surpresa em suas garras, levando-o a passear pelo ar… talvez para que ele pudesse apreciar a beleza da paisagem e sentir como ela era assombrada pelos seus assassinatos.Quando já estavam quase na estratosfera, o milhafre Malhado ameaçou deixar cair o Maneco se ele não parasse de cometer aqueles crimes. E ele prometeu nunca mais fazer mal nem aos pássaros, nem às galinhas, nem às minhocas, nem aos elefantes, porque estes eram demasiado fortes para ele…Hoje, o gato Maneco é um membro da sociedade protectora dos animais, está na secção dos pássaros. Emendou-se e tornou-se um cidadão exemplar. Quanto ao Sherloque, deixou de ser padre, porque conheceu uma bela andorinha que o levou para bem longe.

FIM

Rodriguez

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Acrobacia

O Tio Lifo é um homem que faz tudo o que quer com a bicicleta dele. Até consegue percorrer 20 km em meia hora. Este nosso amigo consegue andar a 40 km/h sem problemas. Acreditam que ele até consegue despir as calças enquanto vai a andar na bicicleta? Não consigo perceber como é que ele consegue fazer isso. Para tirar as calças teria que levantar um pé de cada vez e enquanto despe uma perna, tem que pedalar só com a outra. Tentei convencê-lo a mostrar-me como se faz, mas ele não quis. Porque será?

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

CAMÕES, GRANDE CAMÕES...

Luís De Camões tem de facto dois olhos, como em breve será confirmado com foto... ( não podemos confirmar o terceiro porque, como é óbvio que não somos larilas, não íamos agora andar para aqui a mostrar cus.).Luís De Camões... esse monstro da literatura rústica, que compõe seus escritos ao volante do seu tractor... a magia, a sensibilidade, a voz grave e tonitruante de um tenor das palavras... espere para ver...

Maneco e Sherloque - Capítulo II

Acontece que uma das vítimas do gatarrão tinha deixado um irmão passarote meio desajeitado, mas com queda para a investigação já que tinha visto todas as séries do Rex – o cão polícia. Essa ave metediça, de nome Sherloque, qual inspector Pardal, resolveu dedicar a sua vida à difícil arte da vingança. Vingava-se de tudo e de toda a gente: se um coelho se atravessava no seu caminho quando pousava no chão, logo lhe roubava todas as cenouras; se um macaco descansava no seu galho, logo ia a correr colocar granadas de mão dentro das bananas das redondezas. Era um vingador convicto. Conta-se até que um dia, só porque a sua namorada cumprimentou um galo minorca, ele entregou o galo ao lavrador vizinho para que pudesse fazer um guisado; e dedicou-se à religião, jurando nunca mais na sua vida pensar sequer em casar ou namorar. Tornou-se padre ou pregador de pardais, rezava missas em grutas e até celebrava baptizados e casamentos, sendo que uma vez casou a sua antiga namorada com uma doninha fedorenta, ligação que o próprio tinha preparado para se vingar dela.

CÉLEBRE MOVIMENTO DO BEX FAZ ANOS

Pois é, parece que foi ontem... mas já lá vão uns anos (não sei quantos, mas também não interessa, porque o movimento era uma merda) que os shots de ácido sulfúrico com lexívia do Moelas ou do Vanguarda provocaram a criação do movimento do Bex.
O movimento do Bex nasceu da ideia peregrina de Fátima, ou melhor, de Paulo, Tony e João P., (entre outros) que, saturados de curar ressacas em filas de cantinas universitárias, convocaram uma assembleia do movimento, afinal já criado, para organizar um buzinão humano na Praça D. Dinis contra as ditas filas e também, claro, contra as gajas feias e nada boas dessas filas. O buzinão humano incluia uma greve de fome durante 2 horas (depois, o pessoal fazia uma pausa para uma bucha) e um traje académico bem ensebado (como mandava a tradição), aliás, o grito da ordem até era: "aparece trajado!!" (eheheh, isto tem mesmo piada...(enfim...)).Bom, com isto tudo até apetece dizer: "I'll be Bex". Tchauzinho.

Contos infantis

Maneco e Sherloque: uma história de vingança
por: Rodriguez

Capítulo I
Era uma vez um lindo gato branco que tinha olhos azuis mas era muito fala-barato e matreiro. Chamava-se Maneco. Gostava de saltar pelos ramos das árvores e conversar com os passarinhos. Na realidade, ele tinha um objectivo cruel: enquanto ia metendo conversa com os pássaros, distraindo-os, aproximava-se deles e… zás! Com um salto, apanhava sempre o mais gordinho e apetitoso. Os outros voavam aflitos e aterrorizados. Era um suplício para a pardalada.Maneco tinha até uma estratégia astuciosa, era um psicopata da espécie dos felinos, um autêntico serial-killer de pardais, profissional imbatível naquela hedionda arte. E essa estratégia consistia em mudar de floresta quando começava a ficar conhecido e prestes a cair nas malhas da justiça. Então viajava para bosques onde pudesse, no anonimato, colocar em prática mais planos homicidas e sanguinários junto dos ingénuos passarinhos.

ENIGMA

Se é um bom detective, ou tem paciência para ver o CSI, não desperdice esta óptima oportunidade para impressionar a sua garina: Descubra quem é o Torta Ninja!!!Se até daqui a 30 segundos nos apresentar um comentário com a verdadeira identidade do famigerado e temido Torta, ganhará o magnifico prémio a escolher de entre os seguintes:
- um tremoço do Ti Arlainde;
- um fim de semana no Casal dos Chouriços;
- um smack do Uncle Bert;
- uma fatia de bolo recheado de mosca.
- uma t-shirt com os emblemas de todos os clubes da 1ª divisão, autografada por Ginho

Torta Ninja, o Messias que virá para salvar o mundo...

... do ataque das moscas do Ti Arlainde. Sim, é verdade, há muito tempo que o ti Arlainde não dá notícias, mas o seu ataque está para breve. Com a sua fiel escudeira 'asamentina, ele virá para atacar os Chouriços com o seu temível enxame de moscas suicídas. 'asamentina dispara palavras 'omi'as e perguntas sobre 'asamentos, enquanto Arlainde manda piadinhas idiotas sobre a famelga e não sei o quê. Os tremoços serão a arma de arremesso. Consta que Zé Estrampalhado estará presente para apresentar a sua nova panóplia de telemóveis de 10ª geração. Não adianta tentar cumprimentá-lo, porque ele é inimigo e só Torta Ninja poderá parar tamanho poder e cheiro a estrume...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Xavelhos de lã


Eu uso uma peruca;
Feita de lã;
Qual é o problema?
Hã?

MAIS POESIA NAÏVE

Dionísio

O meu nome é Dionísio.
Um dia, quis fazer um poema e...
Fízio.

Mijar atrás da árvore

Quem nunca mijou atrás de uma árvore? Suponho que não vou encontrar ninguém que nunca tenha feito tal coisa. Portanto aqui vai uma pergunta filosófica: "Onde é a parte de trás da árvore?". Já alguma vez tinham pensado nisso? Agradeço ao meu amigo Low que me chamou a atenção para este pormenor importantíssimo. Agora, de cada vez que mijar contra uma árvore, pense bem antes de o fazer. Descubra onde é a parte de trás da árvore.

Jang

O Acidente

Num belo dia de sol, estava eu na cozinha descansadinho da vida quando ouço um estrondo que quase deitou a casa abaixo. O Rodriguez sai da casa de banho e pergunta se eu ouvi o barulho. A Lú também ouviu. Ela estava na garagem. Saímos á rua e encontrámos uma pobre chinesa com a frente do carro encostada á parede da nossa casa. Ela não sabia conduzir, mas quis experimentar e a coisa acabou por correr mal. Ela bateu com o carro na nossa casa. Se bem me lembro, havia bocadinhos de parede em cima do carro. Caíram quando se deu o choque que quase rebentou com a parede do meu quarto. Voltámos para dentro de casa e ficámos felizes por o carro não ter entrado pela casa dentro.

Jang

Análise de CANTIGA DE AMIGO BUCÓLICA

Muito bom!!! Isto é poesia da boa!
A simplicidade e imediatismo da apóstrofe, como um apelo desesperado por amor, sempre num registo de grata tradição galaico-portuguesa e mesmo provençal. A referência óbvia ao fascínio pelo Oriente, bem visível em versos como: "Lá do sul da Ásia", onde está implícito ainda um Sebastianismo dissimulado. De facto, a este propósito, é notório que o poeta sofre da frustração de não ter uma figura feminina em quem possa satisfazer o seu frenesim sexual, por isso recorre ao Oriente, Oriente mágico onde tudo é possível. Enfim, o remate inesperadamente bucólico e simplista, onde o carácter grosseiro de termos como "gaja" e "boa" adquirem uma beleza inexplicável, um fascínio de índole sexual que prende qualquer leitor. No final, a pureza e inocência do termo de actualização popular, calão rude e simultâneamente macio. Na verdade, a palavra "Trázia" serve, não só a mecânica rimática da composição, mas também o impulso latente de cariz puramente erótico, espelhado na sonoridade da sibilante sonora...Todos estes aspectos, e muitos mais, neste belo poema de Zé Da Argentina...

Rodriguez

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Cantiga de amigo bucólica


ó Incas, ó Incas,

Lá do sul da Ásia,

Se vires lá uma gaja boa,

Trázia
Mangana

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Camões tem dois olhos!!!!!!! Saiba como... em breve

Rodriguez

HELDOCAS NÃO ESTÁ ESQUECIDO

PORQUE QUE RAIO É QUE O HELDER DO DENTE PARTIDO PASSOU A SER CONHECIDO POR HELDOCAS???
- SAIBA A HISTÓRIA EM BREVE...

Rodriguez